Pesquisa
Políticas de Pesquisa
A Faculdade do Vale do Araranguá estrutura suas políticas de Pesquisa em vinculação direta ao Ensino e à Extensão, promovendo articulação teórico-prática em todos os níveis do pensar e do agir acadêmico. Estas políticas dão base à uma dimensão voltada à inovação e à construção de conhecimento científico relevante, por meio de iniciativas de Pesquisa que promovam o desenvolvimento crítico e analítico, a criação cultural e a formação de cidadãos profissionais empreendedores, com foco na melhoria da qualidade de vida da população e no desenvolvimento sustentável local e regional.
No âmbito da FVA, compreende-se a pesquisa em diferentes dimensões, todas com relevância central em sua visão institucional: a) uma responsabilidade social, que orienta e transforma a prática acadêmica; b) um eixo articulador, que integra Ensino e Extensão, promovendo o fluxo contínuo entre teoria e prática; c) uma ferramenta central para a iniciação científica, proporcionando aos estudantes de graduação o ingresso no processo investigativo e d) um meio de produção e disseminação do conhecimento técnico-científico e artístico-cultural, viabilizado por meio de projetos integrados, estágios, monografias, trabalhos de conclusão de curso e projetos de iniciação científica.
As atividades de pesquisa seguem uma abordagem sistemática e interdisciplinar, focando em temáticas e problemas de relevância científica, socioeconômica e artístico-cultural percebidos. Os projetos para grupos de pesquisa são avaliados por banca competente e autorizados pela Direção Geral e Reitoria conforme as prioridades institucionais, sendo coordenados por professores-pesquisadores (mestres ou doutores) do corpo docente ativo. O programa de Iniciação Científica, regulamentado por instrumento próprio, integra a Pesquisa à formação acadêmica, contabilizando as atividades como horas complementares aos discentes envolvidos conforme as normas institucionais.
Este estímulo é oportunidade essencial para o desenvolvimento da autonomia intelectual e profissional dos estudantes, promovendo sua formação integral; por meio de um agir investigativo, desperta-se a vocação analítica e incentivam-se novos talentos entre os acadêmicos, introduzindo-os ao método científico, à produção do conhecimento e fomentando a criatividade e o pensamento crítico; Para os docentes, o incentivo à pesquisa fortalece seu papel como agentes de transformação social e contribui para o crescimento de suas próprias trajetórias como pesquisadores. Dessa forma, a pesquisa na Faculdade do Vale do Araranguá é compreendida como um pilar estratégico para o avanço institucional e para a promoção de uma educação superior de qualidade.
Iniciação Científica e Grupos de Pesquisa
A iniciação científica caracteriza uma prática acadêmica estruturada, cujo propósito maior é o de introduzir o estudante de graduação nos métodos, processos e fundamentos da pesquisa científica - favorecendo sua inserção no universo investigativo e sua formação como sujeito produtor de conhecimento. Segundo Bianchetti e Machado (2012), a iniciação à pesquisa não apenas qualifica o aluno para a investigação acadêmica, mas contribui para a formação de uma atitude investigativa permanente, essencial à prática profissional contemporânea. Essa atividade desenvolve a capacidade de leitura crítica da realidade, o questionamento de saberes consolidados e a proposição de soluções inovadoras - elementos fundamentais para áreas como a Enfermagem e demais vértices da Saúde, que lidam cotidianamente com situações de alta complexidade humana, ética e social.
Além de sua função técnica, a iniciação científica desempenha papel central na formação cidadã e ética do estudante universitário; ao participar de projetos investigativos, o estudante é exposto à necessidade de lidar com incertezas, de argumentar a partir de evidências e de respeitar princípios éticos de produção e divulgação do conhecimento. Esse processo amplia a compreensão do papel social da pesquisa, situando-a não apenas como produção acadêmica, mas como instrumento de transformação social e de resposta qualificada às demandas locais e regionais.
Os grupos de pesquisa universitários, por sua vez, configuram-se como espaços formativos privilegiados, onde desenvolve-se a socialização acadêmica e a aprendizagem coletiva da pesquisa. Para Silva et al (2023), a participação nestes grupos favorece o domínio de técnicas de investigação, a produção colaborativa de conhecimento e a construção de vínculos acadêmicos que perduram além da graduação, formando uma cultura institucional de pesquisa. Esses espaços qualificam a formação discente ao promover a interdisciplinaridade, o debate crítico e o diálogo interinstitucional, além de estimular a produção científica vinculada às necessidades sociais e às prioridades sanitárias, contribuindo para a formação de profissionais mais preparados para atuar em contextos assistenciais e acadêmicos de alta complexidade.